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Veja a reportagem contra Ricardo Teixeira exibida no Jornal Nacional de sábado



Polícia investiga fraude na contratação de amistoso da seleção em 2008

A partida foi entre Brasil e Portugal e marcou a reinauguração do estádio Bezerrão, no Gama, na Região Metropolitana de Brasília.

A polícia do Distrito Federal investiga fraude na contratação da empresa que promoveu um amistoso entre Brasil e Portugal em novembro de 2008.

Policiais civis de Brasília cumpriram neste sábado (13) no Rio mandados de busca e apreensão.

O jogo terminou com vitória da seleção brasileira, por 6 a 2.

O amistoso marcou a reinauguração do estádio Bezerrão, no Gama, na Região Metropolitana de Brasília.




A festa, organizada pela empresa Ailanto Marketing, com sede no Rio de Janeiro, custou R$ 9 milhões ao governo do Distrito Federal.
Segundo as investigações, a empresa, de propriedade de Vanessa Almeida Precht e de Alexandre Russel Feliu, iniciou suas atividades pouco mais de um mês antes da realização do amistoso.

A polícia diz que a empresa Ailanto Marketing não possuía sequer telefone fixo. E tinha capital social de apenas R$ 800. Doze policiais civis do Distrito Federal vieram ao Rio neste sábado (13) para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da empresa, no Leblon, na Zona Sul da cidade.

A polícia de Brasília afirma que para negociar com o governo do Distrito Federal, a Ailanto obteve do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a cessão de direitos sobre o jogo.

Segundo a investigação, o então governador José Roberto Arruda, ao assinar contrato com a empresa, juntamente com o então secretário de esportes, Aguinaldo Silva de Oliveira, ignorou a decisão da procuradoria do Distrito Federal, que considerou imprestáveis os motivos que justificavam o valor do espetáculo.

José Roberto Arruda, em fevereiro do ano passado foi preso sob acusação de tentativa de suborno no escândalo conhecido como mensalão do DEM de Brasília. O mandato dele foi cassado em março do mesmo ano pelo TRE por infidelidade partidária.

A polícia afirma que o rombo nos cofres públicos do distrito federal ultrapassou os R$ 9 milhões, uma vez que as despesas com o jogo, que eram de responsabilidade da empresa Ailanto marketing, foram pagas pela federação brasiliense de futebol, à época presidida por Fábio Simão, que também foi chefe de gabinete do ex-governador Arruda.

O advogado do ex-governador José Roberto Arruda, Edson Smaniotto, disse que há exceções que permitem aos governos fazer contratos sem licitação.

Para o advogado, por exemplo, não há como fazer licitação quando se trata de Seleção Brasileira.

Fábio Simão disse que em nenhum momento os nove milhões de reais referentes à promoção da partida passaram pela federação brasiliense de futebol.

O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, informou que os jogos da seleção brasileira são vendidos a uma empresa da Arábia Saudita, que detém os direitos de negociação, contratação e produção dos eventos.
Segundo o assessor da CBF, deveria ter sido esta empresa a vendedora dos direitos à Ailanto Marketing -- portanto, diz o assessor, a c-b-f não tem relação com as irregularidades.

Os donos da Ailanto e Aguinaldo de Jesus, ex-secretário de esportes do Distrito Federal, não foram encontrados para falar do caso.

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