Sergio Barzaghi/Gazeta Press


Em 2010, Adílson Batista deixou o Corinthians exatamente após perder do Atlético-GO no Pacaembu. Neste sábado, o mesmo adversário atrapalhou sua estreia no São Paulo e empatou por 2 a 2 no Morumbi. Um resultado ruim que, para o recém-contratado treinador, é uma punição aos erros do time.

"Não foi a estreia que eu desejava. Queríamos um resultado melhor, os três pontos. Tivemos volume de jogo, criamos situações para definir o jogo. Poderíamos ter ampliado, mas sofremos gols por desatenção. Pelas oportunidades que tivemos, foi um castigo para a equipe", analisou o comandante.

Por duas vezes, o Tricolor ficou na frente no placar. Marcou gols no início dos dois tempos, sempre com correções do novo chefe. "No primeiro tempo, tivemos mais posse de bola e, mesmo vencendo por 1 a 0, achei que faltou um pouquinho de penetração e alertei isso no intervalo. Tivemos um segundo tempo melhor", apontou.

A supremacia, contudo, não se transformou em mais gols e ainda acabou não sendo mostrada no placar por conta de erros defensivos, principalmente de Xandão, que falhou nos dois gols do clube goiano. Para Adilson, a diferença da equipe da vitória por 3 a 0 sobre o Inter, no Beira-Rio, que ele assistiu das tribunas, para o deste fim de semana no Morumbi foram muitos equívocos nas finalizações.

"No Beira-Rio, o time teve um volume de jogo muito bom, aproveitou, contra-atacou no segundo tempo e teve méritos. Hoje [sábado], tivemos um bom volume, boa posse, mas infelizmente a bola não quis entrar no gol. Teríamos mais tranquilidade no jogo se ela tivesse entrado", imaginou.

Com fisionomia que expunha sua decepção, o treinador só pôde lamentar o que considera dois pontos perdidos. "Eram dois pontos que, pela nossa ambição, vontade e o que fizemos durante a semana, estavam dentro do nosso planejamento. Vamos ter que buscar esses pontos fora de casa", projetou, já pensando no jogo de quarta-feira, contra o Coritiba, no Paraná.