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Ceni: 'Gosto do Carpegiani, mas no futebol tem de ganhar'

Líder do elenco são-paulino, Rogério Ceni afirma ao DIÁRIO que não se surpreende com a permanência do treinador, mas condiciona manutenção do comandante no cargo ao retorno imediato das vitórias. Capitão mostra chateação com a torcida


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O capitão tricolor está ferido. Rogério Ceni ainda não conseguiu engolir a eliminação do São Paulo nas quartas de final da Copa KIA do Brasil, diante do Avaí, há seis dias. "Nenhum torcedor teve uma decepção maior do que a minha", afirmou o goleiro, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO.

Apesar do desapontamento, o camisa 1 não se surpreendeu com o fato de o presidente Juvenal Juvêncio ter voltado atrás e desistido de demitir o técnico Paulo César Carpegiani. Entretanto, ao ser indagado se o treinador teria prazo de validade no Morumbi, Ceni foi direto: "Gosto do Carpegiani, mas no futebol tem de ganhar. Se não ganha...", afirmou o arqueiro.
Rogério também cobrou uma vitória na estreia do Brasileirão, no domingo, contra o Fluminense, no Rio. Aproveitou, ainda, para condenar a forma truculenta como a torcida protestou nesta segunda, na porta do CT. E deixou claro que o elenco precisa de reforços.

DIÁRIO_ Como ficou o elenco são-paulino após a eliminação precoce na Copa KIA do Brasil?
ROGÉRIO CENI_ Está todo mundo abalado. A eliminação era completamente inesperada. Estamos fora de ponto. Mas a gente terá uma semana para tentar se reerguer. Precisamos retomar a confiança por meio das vitórias. Temos de estrear no Brasileiro vencendo, mesmo enfrentando o atual campeão nacional, o Fluminense, fora de casa. Isso é importante para resgatarmos aquele bom ambiente e o bom astral.
Você se surpreendeu com a permanência do Carpegiani, mesmo depois de o Juvenal Juvêncio ter deixado claro que ele seria demitido?
Na sexta-feira, voltamos de Florianópolis na hora do almoço, mas eu fiquei no CT até as 17h. Eu não tive vontade de fazer absolutamente nada. Fui para casa e só consegui ver televisão e ler notícias na segunda (nesta segunda). Não vi nenhum diretor falando que o Carpegiani sairia. Então, não me surpreendeu. Há um entendimento da diretoria de que o Carpegiani tem condições de realizar um bom trabalho.

O Carpegiani conta com o respaldo do elenco?
Elenco não dá respaldo. Ele respeita a hierarquia, o comando. O Carpegiani tem comando e o presidente, também. Temos a obrigação de continuar o nosso trabalho. Eu gosto do Carpegiani, mas no futebol tem de ganhar. Se não ganha.... Enquanto o Carpegiani estiver à frente do São Paulo, ele vai tentar fazer o seu melhor. Se um dia, não sei se neste ano ou no ano que vem, a diretoria entender ser preciso trocar o comando, ela vai tomar a decisão.

Cogitou-se até a possibilidade de você assumir o time como técnico. Já pensou nisso?
Mesmo se eu quisesse, ainda sou um atleta em atividade. E vou jogar pelo menos até dezembro do ano que vem, quando termina o meu contrato com o São Paulo. Mas não haveria mudança alguma na equipe, pois conheço os jogadores e sei o que eles são capazes de desenvolver. Assim como o Carpegiani sabe. Não existe a mínima condição de isso acontecer. Não seria legítimo.
Você não é treinador, mas pode solicitar contratações. O time precisa de reforços?
Eu não posso solicitar contratações. Muito pelo contrário, existe o (auxiliar técnico) Milton Cruz lá, o próprio Carpegiani. Cada um vê as dificuldades e as necessidades do time. Não sei quanto dinheiro há em caixa e o que pode ser feito. Mas, se chegar mais gente para o elenco, o São Paulo ficará mais forte. Já contamos com um bom elenco, mas é preciso mudar a atitude, o modo de pensar. Precisamos querer mais para termos condição de brigar pelo título brasileiro.

O que você achou do protesto feito pela torcida, nesta segunda, em frente ao CT da Barra Funda? Chegaram a chutar o carro do Jean....
Eu entendo a torcida. Mas nenhum torcedor teve uma decepção maior do que a minha. Não é dessa maneira que eles vão ajudar os jogadores a ter confiança, a fazer um gol. Todo protesto é legítimo, mas, a partir do momento em que surge esse comportamento violento, ele perde o sentido.

raio-x
Rogério Ceni

Nascimento: 22/02/1973
Idade: 38 anos
Altura e peso: 1,88 m e 88 kg

Principais títulos: Mundial de Clubes (1993 e 2005), Taça Libertadores (1993 e 2005), Campeonato Brasileiro
(2006 a 2008) e Copa
do Mundo (2002)

Aposentadoria
"Se nós tivermos grandes conquistas de títulos, eu posso decidir continuar. Mas o certo é que vou cumprir o meu contrato até o fim de 2012"

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