vipomm

São Paulo - O protesto feito pela torcida do São Paulo na tarde de ontem, na porta do Centro de Treinamento da Barra Funda, não foi bem digerido por todos os atletas tricolores. O zagueiro Alex Silva é um deles. O Pirulito foi um dos jogadores mais xingados pelos tricolores na segunda-feira — foi chamado de cachaceiro, baderneiro e teve a saída do clube pedida.

“O torcedor paga ingresso e pode protestar. Só não faça comigo o que fizeram com o Jean (lateral-direito/volante que teve o carro chutado por um torcedor) porque aí a história será diferente”, afirmou ontem o zagueiro, que saiu em defesa do companheiro. “Faixa, protesto, pichações são coisas válidas, mas não envolvam o Jean, ele é o que menos tem culpa”, emendou o atleta.

Não só o polivalente camisa 2 teve o apoio do zagueiro. Numa atitude semelhante à de Ronaldo, quando ainda atleta, no Corinthians, Alex Silva adotou a postura de bombeiro e protetor: prefere que batam nele do que nos mais jovens do elenco.

“Não sou jogador que diz aqui dentro que vai para a igreja e lá fora faz diferente. Sempre gostei de escutar o meu samba e o meu pagode. Podem me cobrar, não cobrem o Xandão, o Lucas, o Casemiro. Cobrem quem está aqui há mais tempo e é identificado com o clube”, declarou o beque, que defendeu o Tricolor entre 2006 e 2008. “Antes eu era o monstro, o cara que jogava com 20 pontos no rosto. Agora, não me querem mais. Não tem problema. Estou dando a cara para bater. O que faço na folga não interessa a ninguém”, completou o jogador.

Zagueiro prega respeito ao técnico Carpegiani

Questionado sobre o desentendimento do meia Rivaldo com o técnico Paulo César Carpegiani após a derrota por 3 a 1 para o Avaí, na semana passada, resultado que eliminou o São Paulo na Copa do Brasil, Alex mostrou respeito à hierarquia do clube. “O Rivaldo ficou chateado, porque queria nos ajudar e disse que poderia ter sido útil com sua experiência, mas o Paulo também se explicou”, disse. “Isso foi resolvido. Tivemos uma conversa ontem (segunda). Agora, é o momento de todo mundo se unir e sair dessa situação. Só as vitórias podem mudar”, completou.