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O técnico Paulo César Carpegiani não pretende mudar o planejamento do São Paulo depois de quase ter sido demitido do comando da equipe. Apesar de ter apontado a juventude do elenco como um dos fatores para a desclassificação na Copa do Brasil, o treinador reitera que a aposta em uma equipe de garotos prosseguirá.

"A prioridade tem de ser da garotada", explica. No entanto, Carpegiani nega que sua opinião tenha sido determinante para as saídas de Fernandão e Cleber Santana, que perderam espaço no elenco e pediram para deixar o Morumbi.

"Não fui eu que tirei o Fernandão do São Paulo. Era uma ideia antiga, o jogador estava se recuperando e teve certa dificuldade. O meu pensamento e o da própria direção é de que, se esse jogador mais antigo não tem possibilidade de ser titular, não pode ter em grande quantidade (no elenco). E o Cleber foi contratado bem antes de mim, foi uma solução encontrada pela direção (a saída). Se não joga, é preferível ter opções", analisou.

O próximo que pode se despedir do Morumbi é o lateral esquerdo Junior Cesar, que não está confortável com a condição de reserva absoluto de Juan e até se desentendeu com o treinador. O jogador não gostou de ver na imprensa a preferência de Carpegiani pelo titular, apesar de o treinador negar qualquer benefício ao atual dono da posição.

"Colocaram que o Juan era meu queridinho e que o Junior não é titular. Depois disso, o Junior não foi profissional em um treinamento, chamei o jogador e disse para falar o que quisesse. É um profissional que merece todo meu respeito. Mas houve uma desmotivação, e ele pode estar saindo. Há um projeto do clube para a base, é natural ter renovação constante", acrescentou.

Junior Cesar chegou a ficar fora até do banco de reservas no Tricolor e despertou o interesse de Flamengo, Grêmio e Palmeiras. Diante da provável saída do atleta, o jovem Henrique Miranda, formado no CT de Cotia, deve ser promovido à condição de suplente imediato de Juan.

Em função da renovação no elenco, Carpegiani avisa que o São Paulo corre alguns riscos, como a eliminação na Copa do Brasil. A visão do técnico é de que este é o preço a ser pago por apostar em um grupo mais jovem.