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Soberania Tricolor vira 'Casa da Mãe Joana'


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São Paulo - A coerência passou longe do Morumbi. Antes enaltecida pelos quatro cantos no mundo da bola pela organização, contratações certeiras de bons jogadores — além das conquistas em campo — hoje, a diretoria do São Paulo parece empenhada em contrariar seu passado. É verdade que Juvenal Juvêncio e seus pares têm batido cabeça, mas, agora, conseguiram a proeza de desmentir as próprias declarações. De demitido após a eliminação do Tricolor na Copa do Brasil, o técnico Paulo César Carpegiani conversou com os cartolas e foi informado que permanecerá à frente do time.

A situação, inevitavelmente estranha, tem algumas explicações. Antes de se arriscar a manter um treinador com sinais evidentes de desgaste entre os próprios comandados, Juvenal Juvêncio passou o final de semana conversando com vários profissionais, Porém, só recebeu negativas e, mesmo com o risco iminente de colocar o possível título Brasileiro em risco, resolveu manter Carpegiani. Por falta de opções e para evitar a multa de R$ 1 milhão prevista no contrato do atual treinador.

A história deflagrada nos vestiários da Ressacada expôs o atrito do treinador com alguns jogadores — além de Rivaldo, Fernandão, Cléber Santana e Júnior César. No desembarque do time, na sexta-feira, vários dirigentes admitiam que o técnico não continuaria, pois a situação era ‘insustentável’. Os rumos mudaram ontem, após reunião entre Juvenal Juvêncio, Carpegiani e Rivaldo.

Os discursos também mudaram. Em uma guinada na sua atitude até aqui, o treinador são-paulino procurou justificar a conciliação. “Fazer qualquer tipo de crítica é um direito inerente a qualquer pessoa, a qualquer cidadão. Eu jamais privei qualquer jogador de falar o que quiser”, explicou o técnico, que antes sempre tratou com autoridade qualquer sinal de insatisfação de seus atletas, no caso de Dagoberto.

Os dirigentes, por sua vez, mais uma vez não apareceram para dar explicações à torcida pela reviravolta na conduta do clube. O caso, que aparentemente foi resolvido, não parece ter-se encerrado. Carpegiani terá sempre a ameaça de cair se algum técnico de gosto do clube for liberado. Por outro lado, o autodenominado Soberano cada vez mais se parece com uma "casa da mãe Joana".

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