Carpegiani estava visivelmente tenso em sua entrevista coletiva (Foto: Tom Dib)

Após a confirmação de que Carpegiani e Rivaldo vão permanecer juntos no São Paulo, os dois concederam entrevistas coletivas e deram suas versões. Ambos se reuniram com Juvenal Juvêncio na tarde desta segunda-feira para resolver a situação. Um pediu desculpa para o outro e amenizaram o fato. O primeiro a falar foi Carpegiani:

- Dar opinião e fazer qualquer tipo de crítica é um direito de qualquer pessoa. Eu jamais privei meu jogador de fazer qualquer declaração, mas depende do momento. Eu não tenho que contestar isso, cada um fala o que quer. Não me ofendeu em nenhum momento as declarações do Rivaldo. O dado mais importante foi quando ele levantou o aspecto de que poderia ser mais eficiente que os meninos Willian e Henrique. Aí é uma questão de grupo e quem tem de resolver sou eu. Hoje ele me explicou que era pelo nome, que queria assumir a responsabilidade.

- Pedi desculpa ao Rivaldo, a palavra (questionando o caráter do meia) saiu no complemento de uma frase. Não tenho o direito de falar aquilo. Talvez tenha sido um erro meu e já expressei isso a ele. Estava muito tranquilo após o jogo, mas errei nessa questão - completou o treinador.

Na sequência, o camisa 10 manteve o discurso de que se sentia humilhado e que quer ser mais utilizado. Porém, aceitou o pedido de desculpas de Paulo César Carpegiani e diz que o relacionamento entre os dois está tranquilo:

- Só teve uma conversa. Ele foi até humilde, me pediu desculpa. Tranquilamente aceitei e disse que se eu o magoei, peço desculpas. A gente se acertou e está tranquilo. Quero um espaço, quero jogar. Jamais vou jogar por pressão. Ele é o treinador e tem que seguir o que ele decide. Quero jogar por meus méritos.

Rivaldo será multado pelo presidente Juvenal Juvêncio, que considerou as declarações em momento inadequado. Porém, o jogador não concorda com a punição e quer revertê-la.

- É o que falaram, que vai ter multa. Mas vou ainda conversar com ele para ver se não sou multado. Não concordo, praticamente não fiz nada - opinou o experiente atleta de 39 anos.