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Lance!: Todo mundo erra no ‘caso Rivaldo’

Texto escrito por Alexandre Lozetti, repórter especial do LANCE! e setorista do São Paulo por cinco anos (2005 e 2010):

Carpegiani conversa com Rivaldo antes de colocá-lo em campo (Crédito: Eduardo Viana)

Rivaldo não joga. A torcida reclama e Carpegiani justifica. Quem está certo? Ninguém! A contratação do craque pelo São Paulo é, até agora, um grande erro.

Talvez, Rivaldo jamais tenha recebido reconhecimento tão grande quanto o das arquibancadas do Morumbi. Afinal, tem 39 anos, não joga em alto nível desde a Copa de 2002, passou pelos maiores rivais e, num deles, o Palmeiras, fez história, e tem pouquíssimo carisma. Os gritos de “Rivaldo, Rivaldo” denotam respeito enorme, merecido e raro no futebol brasileiro.

Mas confundem as coisas. Gritar por respeito é bonito. Gritar para cobrar sua presença na equipe é pouco inteligente. Com exceção de três lances em sua estreia contra o Linense e dez minutos de qualidade contra um Goiás cansado e lançado ao ataque, Rivaldo nada fez para justificar uma vaga de titular. Basta que qualquer tricolor em campo erre três passes para o nome do craque ser cantado. Até parece que o público não conhece mais ninguém no banco.

O clamor também parece fazer Rivaldo, tão inteligente no gramado, distorcer a realidade. Suas entrevistas são recheadas da humildade de araque. Diz que não reclama, mas reclama, sim, por jogar pouco. Só que reclama com jeitinho. Diz que poderia ajudar se tivesse mais tempo, insinua que foi indicado por Rogério Ceni, e não por Carpegiani, e isso o prejudica, lamenta quando não é utilizado… Toda manifestação de um craque histórico como é Rivaldo inflama, aquece, embora eu não acredite em má intenção do camisa 10 boa gente.

Por fim, o técnico também tem se equivocado ao escolher como e quando utilizar o reforço. A magra vitória sobre o Avaí é bom exemplo. O São Paulo precisava de um finalizador para as dezenas de chances criadas, não de mais um armador. Rivaldo entrou no meio, muitas vezes atrás de Carlinhos, e num time cansado. Sua qualidade no passe foi anulada, já que os parceiros não tinham mais velocidade para se infiltrar e surgir na área. Para atuar assim, seria mais adequado escalá-lo desde o início, como um ponto de equilíbrio e complemento à velocidade pouco inteligente de Marlos, Jean, Ilsinho e cia.

A torcida erra. Rivaldo erra. Carpegiani erra. E o São Paulo segue aos trancos e barrancos.

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