O presidente do São Paulo, Júlio Casares, foi convidado a prestar depoimento como testemunha na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado, após um requerimento feito pelo presidente da comissão, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), ter sido aprovado no último dia 17. O São Paulo nega as acusações de envolvimento em supostos esquemas de manipulação, feitas pelo empresário John Textor, e acionou o mesmo na Justiça. O clássico contra o Palmeiras, em que o São Paulo foi derrotado por 5 a 0, foi apontado como o jogo supostamente fraudado. Além de Casares, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, também foi convidada pela CPI e irá depor no Senado no dia 22 de maio. Ainda não há uma data definida para o depoimento de Casares.

No início de abril, o Senado instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito que tem o objetivo de investigar denúncias de fraude envolvendo jogadores, dirigentes esportivos e empresas de apostas. A CPI foi criada após um levantamento da empresa SportRadar, parceira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apontar suspeitas de fraudes em 109 partidas realizadas no Brasil em 2023. O prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos da CPI é de 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 90 dias. Ao fim desse período, um relatório será elaborado com as conclusões da CPI, podendo ser encaminhado ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União para adoção de medidas legais contra os infratores.