Tricolor gasta R$ 9,5 milhões com todo seu departamento de futebol por mês

Nove milhões e meio de reais. É isso o que o São Paulo gasta por mês com salários com seu departamento de futebol. O valor faz do Tricolor o terceiro clube que mais desembolsa no país, atrás apenas de Palmeiras e Atlético-MG. Mas o SPFC.Net decidiu esmiuçar as contas do São Paulo e explicar ao leitor como se chegou a esse valor e por quê.

Em primeiro lugar, vale destacar que os R$ 9,5 milhões equivalem a todos os gastos com salários do elenco profissional, da comissão técnica e também de atletas que ainda estão no CT de Cotia, mas já assinaram contratos profissionais. Tal quantia também engloba direitos de imagem, luvas e os encargos trabalhistas decorrentes dos acordos com os atletas.

A folha são-paulina foi aumentando ao longo do ano por causa da necessidade de melhorar o time. Em janeiro, quando Rogério Ceni se apresentou para comandar o Tricolor, a folha era de R$ 7 milhões. Desde então, chegaram Jucilei, Petros, Hernanes, Maicosuel, Aderllan, entre outros, com salários superiores a R$ 300 mil.

Rodrigo Caio também encareceu a folha, já que embolsava R$ 140 mil mensais e passou a receber R$ 400 mil depois da renovação do contrato. Foi a forma que o Tricolor encontrou para não correr o risco de perdê-lo de graça no ano que vem, quando se encerraria o antigo vínculo.

Para completar, quase todos os atletas vendidos ao longo do ano tinham salários baixos. Casos de Luiz Araújo, David Neres, Augusto Galvan, Lyanco... Thiago Mendes tinha salário intermediário, enquanto Maicon era o único bem remunerado entre os sete vendidos. Centurión não entrou no holerite deste ano, já que estava emprestado ao Boca Juniors no primeiro semestre e acabou vendido ao Genoa, da Itália, na última janela.

A troca no comando técnico é outro ponto que fez a folha são-paulina aumentar. Rogério Ceni tinha salário de R$ 200 mil. Já Dorival Júnior chegou para receber mais, assim como seus auxiliares-técnicos. Para piorar, o Tricolor ainda tem uma dívida de R$ 5 milhões com o antigo treinador, como multa pela demissão.

O presidente Leco ainda desconfia que alguns dos números dos rivais de Série A foram camuflados pelos próprios clubes. Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro são três exemplos. Nas contas do São Paulo, o Verdão não gasta menos do que R$ 15 milhões por mês com seu departamento de futebol - o ranking publicado nesta sexta-feira, e confirmado pelo Palmeiras, fala em R$ 11 milhões.

A diferença pode estar na inclusão de atletas que não estão a serviço do Palmeiras - jogadores emprestados, mas que seguem sendo bancados - e nas luvas. Felipe Melo, por exemplo, ganha R$ 350 mil na carteira e outros R$ 350 mil em luvas todo mês. Na matemática apresentada pelo rival do Tricolor, as luvas não foram incluídas.

As contas do Flamengo são ainda mais alarmantes. No CT da Barra Funda, há a convicção de que Diego, Guerrero, Éverton Ribeiro e companhia não saem por menos de R$ 22 milhões mensais. Oficialmente, o Flamengo alega gastar R$ 9 milhões com a folha, incluindo encargos. A diferença também pode estar nas luvas. Só Guerrero terá direito a R$ 18 milhões como prêmio pela assinatura do contrato ao longo dos três anos de vínculo.

DONOS DOS MAIORES SALÁRIOS DO ELENCO TRICOLOR:
- Lucas Pratto
- Hernanes
- Jucilei
- Rodrigo Caio
- Maicosuel
- Cícero
- Cueva
- Petros
- Aderllan