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Advogado do São Paulo afirma ter provas contra ex-gerente: "Deveria estar preso"

Contratado para defender clube no caso da venda de ingressos para show do U2, advogado garante ter provas contra Alan Cimerman, que envolvem desvios e falsificações de documentos

Rolling Stones se apresentaram no Morumbi em 2016 (Foto: Miguel Schincariol / www.saopaulofc.net)

O São Paulo vai pedir nesta sexta-feira instauração de inquérito contra o ex-gerente de marketing Alan Cimerman, demitido por justa causa depois que o clube o identificou como pivô de um esquema de corrupção na venda de ingressos para os shows da banda irlandesa de rock U2, que se exibirá no estádio do Morumbi nos dias 19, 21, 22 e 25 de outubro.


O clube acusa seu antigo funcionário de repassar ingressos que seriam bloqueados para camarotes a laranjas, que, por sua vez, os vendiam e recebiam dinheiro. O advogado de Cimerman nega as acusações, mas Roberto Podval, contratado para defender o São Paulo no caso, garante ter provas cabais e diz que o ex-gerente deveria ser preso.

– O que aconteceu é claramente um caso de polícia. É um absurdo o que esse rapaz fez no São Paulo.

Temos todas as provas do desvio, a quantidade, a forma como fez, a falsidade de documentos e recibos.

É assustador. Não tenho dúvida de afirmar que houve desvio. Esse homem deveria estar preso – afirmou em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com.

O São Paulo garante não ter tido prejuízo financeiro nesse episódio por ter identificado o esquema antes de sua execução, mas, segundo o advogado, haverá apuração interna para saber se o procedimento foi repetido anteriormente. Desde que Cimerman foi contratado, em 2015, apresentaram-se no Morumbi as bandas Foo Fighters, Rolling Stones e Black Sabbath.

Se o clube não teve prejuízo financeiro, aquelas pessoas que depositaram dinheiro na conta dos laranjas certamente terão.

– O que fizeram foi tentar passar contratos com pessoas falsas, laranjas, para que eles vendessem camarotes a empresas interessadas em comprar. Os contratos foram forjados. Houve empresários comprando ingressos de pessoas que não eram do São Paulo, e pagando. Para poder fazer isso, ele (Cimerman) emitia recibos falsificados e mandava para as pessoas. Em vez de comprar ingressos para um show, estavam depositando dinheiro na conta de terceiros. O São Paulo não chegou a ter prejuízo financeiro, mas houve pessoas que tiveram – explicou Podval, advogado do clube.

A VERSÃO DE CIMERMAN

Mais cedo, o advogado do ex-gerente, Daniel Bialski, negou as acusações:

– Eu tenho contratos que mostram que os camarotes foram vendidos para mais de uma empresa. Além disso, eles são assinados por três pessoas: Carlos Augusto de Barros e Silva (presidente), Márcio Aith (diretor de comunicação e marketing) e Elias Albarelllo (diretor financeiro). Tudo foi feito com transparência. O Alan tem gravações e documentos que mostram que não houve qualquer fraude. Além do mais, todos os contratos foram feitos pelo departamento jurídico do São Paulo – explicou o advogado.

O fato de ter assinado a demissão por justa causa, no entender do advogado, não mostra que ele assumiu a culpa pelo ocorrido.

– Não muda nada. Tanto que falei ao Alan que ele poderia assinar. Ele agora vai esperar a homologação para ver o que vai receber para no futuro decidir se vai entrar com alguma ação trabalhista – continuou Bialski.

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