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Para Carpegiani, Ceni sofreu com um dos piores elenco do São Paulo

Técnico afirmou que ídolo não foi bem em sua primeira tentativa como treinador por não ter um bom elenco e diz que os grandes clubes do Brasil não sabem contratar

O técnico Paulo Cesar Carpegiani teve a oportunidade de comandar o São Paulo por duas vezes, em 1999 e em 2010-11. Em ambas, trabalhou com o então goleiro Rogério Ceni. No "Bem, Amigos!" desta segunda-feira, o treinador deu sua opinião por que o ídolo tricolor não teve um bom aproveitamento em sua primeira experiência como técnico.



Na visão de Carpegiani, Ceni teve problemas por comandar "um dos piores times da história do São Paulo". Além disso, o técnico afirmou que os grandes clubes do Brasil não têm feito boas contratações.

- Em primeiro lugar, vejo que para ter um bom time você tem que ter bons jogadores. O Real Madrid não é o Real Madrid por acaso. Além de todo dinheiro, ele contrata muito bem. No futebol brasileiro, nos últimos tempos, as contratações dos grandes clubes não estão sendo bem feitas, não estão sendo bem dirigidas. O Rogério Ceni, quando assumiu o São Paulo, foi buscar os garotos da base, para ter aquela formatação. O time grande que não está fundamentado na sua base não tem futuro. Não adianta fazer como o Flamengo, que tinha o Guerrero, o Vizeu e foi buscar o Damião. Não é assim que se faz futebol.
O Rogério teve dificuldade com essa fase de transição do próprio São Paulo, que hoje é um time dos mais fracos da sua história - disse o técnico.

Rogério Ceni assumiu o São Paulo um ano após se aposentar. Carpegiani viveu situação semelhante. Aos 31 anos, uma lesão encerrou sua carreira como jogador. Pouco depois, foi convidado para dirigir o Flamengo de Zico, Júnior, Leandro, Adílio e Andrade. Foi campeão mundial, da Libertadores e do Carioca. Mas, no seu caso, o técnico disse que os jogadores "ajudaram".

- Os jogadores me ajudaram muito. Nos meus primeiros quatro jogos, eu empatei os quatro. Cheguei a pensar: "Não vai dar certo esse negócio aqui". Aos poucos, eu fui colocando aquilo que eu achava que podia fazer. O Adílio estava fora... eu fui trazendo o grupo, fui fazendo. Em cinco, seis meses, eu dei sorte, com a ajuda desses meus jogadores.

Carpegiani disse que, somente depois de uma goleada sobre o Botafogo, o Flamengo engrenou, com a entrada de Lico, para ser campeão das Américas e do mundo.

- O Lico tinha sido contratado, o Coutinho trouxe para justamente, quando o Galo não jogasse ou cansasse, o Lico entraria. Só que o Galo não dava um minuto, jogava sempre. O Lico não jogou um minuto, só treinava. Aos poucos fui colocando nos jogos. Ele começou contra o Campo Grande, nós perdíamos o jogo por 1 a 0, e o Tita tinha sido expulso. Coloquei o Lico e ele fez um gol e deu um passe. Viramos o jogo. O efetivo foi em um jogo que fizemos no Maracanã, foi 6 a 0. Aí não tem treinador que tenha força para tirar alguém.

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