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Deitados em berço esplêndido, "conformismo" das mídias e canais são-paulinos – por Wender Peixoto

Em obsoletas instituições de massa, a mudança estrutural ocorre de fora para dentro através da insatisfação coletiva crescente. A indignação popular movimenta peças e as respostas são inevitáveis. Recentemente grandes clubes sofreram os mesmos problemas tricolores, mas foram renovados por pessoas próximas ao perfil torcedor. Presidente com mentalidade jovem focando modernidade no futebol é marca histórica do São Paulo. Os rivais aprenderam, SPFC envelheceu e retrocedeu.

O movimento de renovação nos clubes outrora arcaicos iniciou através das mídias e canais de comunicação dos torcedores. A cobrança intensa despertou idéias atuais e novas lideranças. Em um clube rival, que não convém citar, o ouvinte assíduo de um famoso programa de rádio se tornou presidente. Ele ouvia diariamente as revoltas do comunicador torcedor contra os dirigentes do tal clube, então virou dirigente e desbancou os figurões dinossauros de sempre.

Os são-paulinos formadores de opinião – em rádios, internet, TV, Youtube, blogs – são conformados demais com a situação triste do São Paulo. Por mudanças é preciso uma reação de fora para dentro. Não adianta focalizar opinião sobre o lateral que cruza errado, o atacante ruim, troca de técnico, a bola não entra, azar, etc. Os isentões fazem discursos dizendo que todos têm culpa, sem citar os nomes dos responsáveis que usam gravata. Quem assina os contratos? Iniciemos uma indignação constante quanto às pessoas que mandam no clube. A renovação precisa ser fomentada através das mídias.

Presidente, diretor e conselheiro jogam bola através das decisões tomadas. Os demais clubes conseguiram bons resultados profissionalizando a diretoria de futebol, protegendo o setor das influências políticas dos conselheiros. O São Paulo protagoniza resultados ruins desde quando politizaram a diretoria do futebol para vencer eleições. Leco e Pinotti – incapazes para os cargos que ocupam – repetem o erro. Tem havido muita conivência e silêncio geral, não criticam os péssimos rumos adotados por essa pífia gestão desde o ano passado.

As mídias e canais são-paulinos que não abordam os reais problemas do São Paulo cairão em descrédito. Não imaginam o tamanho da força que possuem. O clube poderia estar diferente desde o terceiro mandato e a saída do Juvenal não fossem o silêncio e o tapinha nas costas de quem informa e detém força de opinião. O torcedor consciente cansou da análise superficial. Quem realmente ama o São Paulo precisa urgentemente identificar que os resultados no gramado resultam dos atos diretivos extra-campo. Nos rivais, a casta antiga comandava e foi renovada através da pressão intensa dos torcedores. Não é hora de pregar conformismo e passividade.

Dias atrás em um importante programa de rádio FM, o apresentador são-paulino comentou a inutilidade de cobrar ações e mudanças na direção do clube ou pedir renovação nos quadros mandatários. Ele e tantos outros famosos tricolores divulgam que não existem pessoas de valor dentro do clube e todos são iguais, portanto não haveria chance de melhora ou renovação. Triste acomodação. Ou têm medo, ou não se importam ou estão aparelhados por interesses, amizades e condições.

Em todo ambiente controlado por grupos de pessoas haverá saudável discordância e mudar faz parte do jogo. Na dúvida por renovação, as pessoas normalmente sobem no muro. É comum ouvirmos a expressão “não adianta 6 por meia dúzia” e “farinha do mesmo saco não serve”. Se Chico e João são ruins, mas Chico está no poder há anos, João merece oportunidade. Quando a farinha é do mesmo saco, a do fundo é melhor. O conformismo é a pior escolha, frouxidão.

O sangue novo não surge no São Paulo, porque há muita passividade externa com tudo. Política? Não é política criticar as decisões e direções adotadas no clube. Política no caso do São Paulo tem sido blindar conselheiro, diretor e presidente, isso sim, sem citar nomes. Não abordar tais temas é levantar parcialidade ou suspeitas sobre isenção chapa branca.

A ausência de cobranças e fiscalização foram os principais causadores para o São Paulo estar na situação atual. Quem ama, cuida. Quem critica não é torcedor rival. Em toda instituição grande, a ausência de visões internas divergentes gerou ditaduras e quedas. O São Paulo está acima de tudo, seja de pessoas ou favores. O São Paulo voltará a ser vencedor por ação, não omissão.

Wender Peixoto
https://twitter.com/PeixotoWender

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