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São Paulo muda estilo, "sofre" e vence com show de Pratto

Bem organizado, Tricolor vê rival ter o controle da bola, mas monta sistema defensivo impecável. No ataque, o camisa 14 fez toda a diferença. Peruano ainda não se reencontrou

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Depois de três eliminações e muitas críticas ao trabalho de Rogério Ceni, o São Paulo, após uma semana com duas vitórias, começa a dar sinais de recuperação. Se ao bater o Avaí, na segunda-feira passada, o time não fez mais do que a obrigação, no sábado, mesmo sendo inferior em qualidade técnica e em número de peças do elenco, soube enfrentar o Palmeiras de igual para igual e vencer por 2 a 0, resultado que leva a equipe provisoriamente ao terceiro lugar na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

É claro que os resultados são importantes, mas vale ressaltar principalmente o surgimento de um novo Tricolor. Na maioria das partidas deste ano, todos viram um São Paulo que tomava a iniciativa, priorizava o jogo ofensivo. Mesmo que, para isso, deixasse exposto seu meio-campo e o sistema defensivo. Desde a partida contra o Cruzeiro, no Mineirão, primeira rodada do Brasileirão, quando o time perdeu por 1 a 0 (o tropeço ocorreu por falha de Maicon, é importante ressaltar), é possível observar uma equipe mais bem postada em campo. O Tricolor mostra que sabe jogar no erro do adversário, que não se desespera em ver o rival controlando o jogo.

Neste sábado, o Palmeiras teve mais posse de bola (60% a 405), finalizou mais (10 a 7), teve muito mais passes certos (320 a 178). Mas em nenhum momento do Choque-Rei o São Paulo esteve exposto. O esquema com três zagueiros montado por Rogério Ceni funcionou muito bem. Quando a escalação tricolor foi anunciada, a surpresa foi a presença de Marcinho na ala direita. Claramente, o objetivo era explorar a lateral-esquerda alviverde, independentemente de quem jogasse: o desgastado Zé Roberto, que acabou não entrando, ou o improvisado Michel Bastos.


Essa é a formação inicial do Tricolor no clássico: três zagueiros (Foto: )

Defensivamente, o São Paulo funcionou muito bem, mas ofensivamente deixou a desejar na etapa inicial. Basicamente por um motivo: Cueva não entrou no jogo em nenhum momento. Em vez de escalá-lo aberto pela esquerda, Ceni postou seu camisa 10 flutuando pelo meio. O peruano, porém, errou tudo o que tentou, prejudicando muito as ações ofensivas. Em um ataque puxado por Marcinho pelo lado direito. O camisa 39 avança e não tem com quem jogar: ninguém se apresenta. Com seis palmeirenses por perto, a bola acaba saindo pela linha lateral.



Nos primeiros 45 minutos, o único destaque ficou para Luiz Araújo, que levou a melhor nos duelos individuais com o zagueiro Mina, do Verdão. Pratto, isolado, se desesperava porque a bola não chegava. Como Cueva não funcionava, ele passou a atuar também como armador no meio-campo.

No segundo tempo, Jucilei e Cícero se aproximaram, e o meio ficou ainda mais protegido. Os três zagueiros seguiram impecáveis, jogando sério e não dando o menor espaço para Dudu, Willian e companhia. Faltava melhorar a questão ofensiva. Cueva seguia ausente e Pratto clamava por uma oportunidade para tentar fazer a diferença. O argentino, como um leão, mostra um espírito de luta incomum. Ele desce pela direita, é desarmado por Juninho, levanta, recupera a bola, vai ao fundo e tenta cruzar, conseguindo um escanteio. É aplaudido pela torcida.

A chance que o camisa 14 tanto queria surgiu aos 17 minutos. Ele não desperdiçou. Foi um repeteco do que aconteceu contra o Avaí: assistência de Marcinho e gol do “Urso”, que contou com uma contribuição de Fernando Prass, que falhou no lance. Festa para os 33 mil torcedores no Morumbi. Logo depois, veio o susto: Jucilei cometeu pênalti em Jean. Na cobrança, o próprio Jean bateu para fora. Foi o último lance de perigo do Palmeiras na partida. Logo depois, Thomaz entrou na vaga de Cueva.

Aí entra a nova versão do São Paulo. Um time que soube recuar suas linhas e deixar a bola com o adversário. Que em nenhum momento se desesperou. Mostrando a força do elenco, Cuca botou Keno, Roger Guedes e Borja em campo. Ceni respondeu, mudando o esquema tático, passando a atuar com duas linhas de quatro.


No segundo tempo, Ceni mudou o posicionamento do time, com duas linhas de quatro (Foto: )

O Tricolor seguiu soberano. Faltava um contra-ataque para matar o jogo. E ele veio aos 38. E novamente com Pratto. O camisa 14 avançou e deixou Luiz Araújo na cara do gol. O camisa 31, que havia deixado sua marca na última segunda-feira, contou com novo erro de Prass para marcar o segundo gol.

Daí, foi só esperar o tempo passar para comemorar.

É cedo dizer aonde esse São Paulo pode chegar. O elenco é limitado e Rogério Ceni sabe disso, tanto que a todo instante, pede reforços. Mas, para sonhar com a parte de cima da tabela, é fundamental que Cueva volte a ser o camisa 10 que brilhou no segundo semestre de 2016 e que comandou a equipe nos primeiros meses de 2017. E que Lucas Pratto siga iluminado. Porque, além de matador, sua inteligência faz toda a diferença.


Cueva segue muito mal no São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)

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