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Lugano tem média superior à dos titulares do São Paulo

Uruguaio, que nunca perdeu em nove jogos diante do rival deste sábado, tem números bons em 2017, embora tenha enfrentado adversários mais frágeis. Decisão sobre renovação está mais próxima

Lugano durante treino do São Paulo (Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)

Lugano jogou e o São Paulo não sofreu gols. Esse tem sido o trunfo daqueles favoráveis à permanência do zagueiro após a vitória por 2 a 0 sobre o Avaí, em que ele formou dupla titular com Rodrigo Caio. Foi a sexta partida que o uruguaio começou em 2017.



Nesses jogos, a equipe sofreu cinco gols, o que dá a ele, numa conta individualizada, a segunda melhor média entre os zagueiros do elenco: 0,8 gol sofrido por jogo. Melhor que ele, apenas Lucão, titular em cinco partidas com dois gols sofridos (média de 0,4).

É verdade que a matemática de Lugano é mais gentil, já que ele não esteve em campo contra os rivais mais difíceis: Santos, Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro. Maicon e Rodrigo Caio, os principais da posição, têm números diferentes (veja lista completa abaixo):

A questão é que uma decisão sobre renovar ou não o contrato do ídolo de 36 anos é cada vez mais iminente, já que o atual vínculo termina no dia 30 de junho. E ressurge na semana de uma atuação segura e de um clássico contra o Palmeiras, para quem ele jamais perdeu: em nove duelos, ganhou sete e empatou dois.

A maior probabilidade, entretanto, é que Maicon retorne à equipe no sábado, às 19h, no Morumbi.

Os números dos zagueiros do São Paulo:

Lucão: 5 jogos, 2 gols (média de 0,4 por partida)

Lugano: 6 jogos, 5 gols (0,8)

Militão: 1 jogo, 1 gol (1)

Rodrigo Caio: 21 jogos, 27 gols (1,2)

Maicon: 15 jogos, 21gols (1,4)

Douglas: 5 jogos, 9 gols (1,8)

Para tentar decifrar as dúvidas que passam na cabeça da diretoria, o GloboEsporte.com levanta alguns pontos a seguir:

O que o São Paulo ganha com a renovação de Lugano?

Mesmo sem ser titular, o zagueiro ainda arrasta fãs por onde passa e é sempre o jogador mais aplaudido. Num momento de relação estremecida com a torcida, isso pode pesar.

Num time que prima pela técnica, Lugano é um oásis de malandragem. Aquela típica dos boleiros mais velhos. No jogo de segunda-feira, por exemplo, o técnico Claudinei Oliveira, do Avaí, reclamou que a presença do zagueiro intimidou seus jogadores e disse que até a arbitragem se inibiu em adverti-lo com cartão.

O comportamento do uruguaio na crise recente do São Paulo, fruto das eliminações consecutivas, chamou atenção positivamente. Mesmo coadjuvante no time, foi protagonista no movimento interno de proteção ao trabalho de Rogério Ceni e se expôs ao dar entrevista na semana em que só medalhões falaram: ele, Pratto, Rodrigo Caio, Jucilei e Cícero.

A evolução defensiva apontada por Ceni contra o Avaí passa pela presença de Lugano. Sem a bola, ele conseguiu organizar e compactar o sistema e evitar uma pressão mais forte dos catarinenses, que tiveram a posse de bola, mas não fizeram nada útil com ela.

O que o São Paulo perde com a renovação de Lugano?

Com ele em campo, por suas características, a equipe pode ter que mudar a maneira de atuar. Na vitória contra o Avaí, por exemplo, depois de um primeiro tempo em que o uruguaio falhou no domínio de dois passes, o Tricolor adotou o chutão no tiro de meta na etapa final. Apostou, principalmente, no bom jogo aéreo de Cícero e Pratto para ganhar as divididas no meio.

Rogério Ceni anseia por reforços, sobretudo no meio-campo, e uma conta não fecha no departamento de futebol: o alto salário que Lugano recebe para atuar poucas vezes poderia ser investido num jogador que tivesse maior colaboração.

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