Normalmente, um time de futebol precisa executar suas ideias e treinos para vencer jogos. O São Paulo está naquele incômodo momento em que a pirâmide se inverte. É preciso vencer para conseguir fazer o resto. Por isso, apesar da atuação irregular, o principal objetivo foi alcançado nos 2x0 sobre o Avaí, na noite da última segunda-feira, no Morumbi.
O mundo fala cada vez mais da influência da mente no desempenho no futebol. O craque Xabi Alonso, antes de se aposentar, atribuiu a isso a incrível virada do Barcelona sobre o PSG na Liga dos Campeões. O técnico Juan Carlos Osorio também.
A sequência de eliminações tirou dos jogadores do São Paulo a resistência a qualquer erro. O medo de perder vinha superando o ímpeto pela vitória. Nesse contexto, o primeiro triunfo no Brasileirão foi importante. A equipe foi pressionada, esteve em apuros, errou muito, mas não sofreu gols.
É verdade que o Avaí é fraco, mas equipes igualmente desprovidas de talento fizeram gols facilmente no Tricolor-2017: Defensa y Justicia, Mirassol, São Bento, e por aí vai.
A outra razão dos sustos foram os 29 minutos entre a primeira e a última substituição de Rogério Ceni. Thiago Mendes saiu lesionado. Entrou Thomaz. Tentativa válida na teoria, mas ineficaz na prática. O São Paulo perdeu compactação, recomposição, combatividade e, consequentemente, a posse de bola.
Na área demarcada, sem Thiago Mendes, São Paulo não viu a bola até que João Schmidt entrasse para recompor o setor (Foto: GloboEsporte.com)
Só recuperou quando João Schmidt substituiu Cueva, a 10 minutos do fim. Poderia ter sido antes. Daí para frente, Pratto teve uma chance de gol, e Luiz Araújo, duas. Em uma delas, fez o gol que aliviou completamente a equipe.
O atacante, aliás, é exemplo perfeito de como a cabeça interfere: confiante, ele dribla, chuta de longe, entra na área, e costuma acertar, mesmo tomando a decisão errada, ainda um obstáculo rotineiro para que sua carreira deslanche.
Tanto a vitória era mais importante que no segundo tempo o São Paulo desistiu de sair jogando com bola no chão, uma das premissas mais radicais de Ceni. Nos tiros de meta de Renan Ribeiro, todo o time avançava, não ficava ninguém para iniciar a construção.
Sábia decisão, já que na etapa inicial o Avaí pressionou e conseguiu a bola, principalmente quando a saída tinha que passar por Lugano.
O uruguaio, capitão, líder, de importante colaboração humana num time muito teórico, teve boa atuação, mas não é um "zagueiro-armador". O São Paulo, portanto, deve considerar isso.
Rodrigo Caio, por outro lado, consegue gerar superioridade no meio-campo quando sai e participa da armação (no vídeo acima, a troca de passes com sua participação termina no perigoso chute de Pratto). Fornece espaços para contra-ataques? Sim, e o antídoto é pressionar no campo de ataque, como fez Thiago Mendes.
A lesão do volante, aliás, mostra a fragilidade do elenco. Thomaz é meia. João Schmidt sairá em um mês. Wesley e Araruna estão machucados. O São Paulo precisa reforçar o setor mais importante de uma equipe de futebol, ainda mais que se propõe a jogar como a de Ceni.
Marcinho se mostrou inteligente enquanto teve boa condição física, a exemplo do que havia feito na estreia contra o Cruzeiro. Luiz Araújo voltou a fazer gol depois de dois meses e meio. Cueva, não se sabe se por falta de confiança ou excesso de zelo com as chuteiras, está sem força nos passes.
Jucilei, Cícero e Pratto foram os melhores. O São Paulo precisa jogar mais, mas, antes disso, precisava voltar a vencer.
O mundo fala cada vez mais da influência da mente no desempenho no futebol. O craque Xabi Alonso, antes de se aposentar, atribuiu a isso a incrível virada do Barcelona sobre o PSG na Liga dos Campeões. O técnico Juan Carlos Osorio também.
A sequência de eliminações tirou dos jogadores do São Paulo a resistência a qualquer erro. O medo de perder vinha superando o ímpeto pela vitória. Nesse contexto, o primeiro triunfo no Brasileirão foi importante. A equipe foi pressionada, esteve em apuros, errou muito, mas não sofreu gols.
É verdade que o Avaí é fraco, mas equipes igualmente desprovidas de talento fizeram gols facilmente no Tricolor-2017: Defensa y Justicia, Mirassol, São Bento, e por aí vai.
A outra razão dos sustos foram os 29 minutos entre a primeira e a última substituição de Rogério Ceni. Thiago Mendes saiu lesionado. Entrou Thomaz. Tentativa válida na teoria, mas ineficaz na prática. O São Paulo perdeu compactação, recomposição, combatividade e, consequentemente, a posse de bola.
Na área demarcada, sem Thiago Mendes, São Paulo não viu a bola até que João Schmidt entrasse para recompor o setor (Foto: GloboEsporte.com)
Só recuperou quando João Schmidt substituiu Cueva, a 10 minutos do fim. Poderia ter sido antes. Daí para frente, Pratto teve uma chance de gol, e Luiz Araújo, duas. Em uma delas, fez o gol que aliviou completamente a equipe.
O atacante, aliás, é exemplo perfeito de como a cabeça interfere: confiante, ele dribla, chuta de longe, entra na área, e costuma acertar, mesmo tomando a decisão errada, ainda um obstáculo rotineiro para que sua carreira deslanche.
Tanto a vitória era mais importante que no segundo tempo o São Paulo desistiu de sair jogando com bola no chão, uma das premissas mais radicais de Ceni. Nos tiros de meta de Renan Ribeiro, todo o time avançava, não ficava ninguém para iniciar a construção.
Sábia decisão, já que na etapa inicial o Avaí pressionou e conseguiu a bola, principalmente quando a saída tinha que passar por Lugano.
O uruguaio, capitão, líder, de importante colaboração humana num time muito teórico, teve boa atuação, mas não é um "zagueiro-armador". O São Paulo, portanto, deve considerar isso.
Rodrigo Caio, por outro lado, consegue gerar superioridade no meio-campo quando sai e participa da armação (no vídeo acima, a troca de passes com sua participação termina no perigoso chute de Pratto). Fornece espaços para contra-ataques? Sim, e o antídoto é pressionar no campo de ataque, como fez Thiago Mendes.
A lesão do volante, aliás, mostra a fragilidade do elenco. Thomaz é meia. João Schmidt sairá em um mês. Wesley e Araruna estão machucados. O São Paulo precisa reforçar o setor mais importante de uma equipe de futebol, ainda mais que se propõe a jogar como a de Ceni.
Marcinho se mostrou inteligente enquanto teve boa condição física, a exemplo do que havia feito na estreia contra o Cruzeiro. Luiz Araújo voltou a fazer gol depois de dois meses e meio. Cueva, não se sabe se por falta de confiança ou excesso de zelo com as chuteiras, está sem força nos passes.
Jucilei, Cícero e Pratto foram os melhores. O São Paulo precisa jogar mais, mas, antes disso, precisava voltar a vencer.
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