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Uma posição e um drama: São Paulo contratou 14 laterais direitos em 10 anos; hoje, improvisa

Cicinho, Douglas e Piris, três laterais que passaram pelo São Paulo nos últimos anos

Na campanha do título da Libertadores do São Paulo, em 2005, um dos principais jogadores da equipe era o lateral direito Cicinho. Na duelo contra o Palmeiras, pelas oitavas de final, por exemplo, o atleta marcou dois belos gols (um no jogo de ida, outro no jogo de volta).

Após o título mundial naquele mesmo ano, a consagração: o camisa 2 foi contratado pelo galático Real Madrid.

A saída de Cicinho abriu uma lacuna no time. O que ninguém imaginava é que a posição seria problema para o São Paulo até os dias de hoje.

Imediatamente após a saída do jogador, quem assumiu a lateral direita foi Ilsinho, que apesar de duas boas temporadas na equipe, se mostrava muito mais ala do que um tradicional defensor.



Após sua transferência, no final de 2007 após o bicampeonato nacional, o problema agravou-se. Desde então, são 14 atletas contratadas para esta posição, mas nenhum que tenha caído nas graças da torcida.

Maurinho, que chegou em 2006 quando Ilsinho ainda estava no elenco, entrou em campo apenas uma vez pelo São Paulo.

Outro que chegou neste mesmo ano foi Néicer Reasco. Em dois anos no clube, o equatoriano atuou apenas nove vezes e, em agosto de 2008, foi para a LDU, de graça.

Éder Sciola e Jancarlos, ambos contratados no ano do tricampeonato brasileiro do São Paulo, ficaram menos de um ano na equipe e, somados, tem 31 aparições no time então treinado por Muricy Ramalho. O segundo tragicamente faleceu em 2013, após seu carro cair da ribanceira na estrada BR-040.

Wagner Diniz, atualmente no América do Rio de Janeiro, chegou à capital paulista em 2009, mas em duas curtas passagens pelo clube tricolor, somou apenas sete partidas.

Outro que passou pela lateral direita são paulina neste período foi Adrian Gonzalez. O argentino ficou exatamente um ano no elenco e fez nove jogos.

Também em 2009 chegou mais um gringo: Nelson Saavedra, que ficou por apenas seis meses e sequer entrou em campo - ele ainda voltou ao clube em 2010, mas foi para o time B.

Mas como a equipe atuava então? O volante Jean, hoje no Palmeiras, era diversas vezes improvisado pelo flanco direito do campo - vale lembrar também que eventualmente a equipe era escalada com três zagueiros.

2010 foi ano do retorno de Cicinho. Após uma passagem não tão bem sucedida quanto se imaginava pela Europa, o ídolo da torcida voltou, foi titular, mas não conseguiu repetir as grandes atuações de outrora.

Após a saída do lateral adorado pela torcida, Ilsinho foi novamente aproveitado na posição.

Quem chegou como reposição? Ivan Piris, que vinha com o mérito de ter enfrentado Neymar em partida entre as seleções dos dois países. Apesar de não ter agradado a torcida, jogou pelo São Paulo 42 vezes e, por algum tempo, foi o titular.

2012 foi o ano em que Douglas assumiu a lateral-direita. No clube até 2014, quando foi contratado pelo Barcelona, foram 125 jogos e seis gols. Contudo, na equipe espanhola o brasileiro não teve sucesso e, em duas temporadas, fez apenas oito partidas e se transformou em ums das tranferências mais questionados pela mídia catalã.

Em 2013, o jovem Mateus Caramelo chegou à equipe tricolor, mas nunca se firmou na posição. Foi emprestado diversas vezes e, pelo São Paulo, soma 19 aparições. Infelizmente, atuando pela Chapecoense, foi uma das vítimas da tragédia na Colômbia, em 2016.

Já em 2014 foi a vez de Luis Ricardo, após uma excelente passagem Portuguesa campeã da série B em 2011, ser contratado. Contudo, o lateral não conseguiu realizar boas partidas e chegou a ser improvisado como atacante antes de se transferir para o Botafogo, no ano seguinte.

Há dois anos o São Paulo acrescia a seu elenco a dupla de laterais do Fluminense, Carlinhos e Bruno. Este segundo, para o lado direito e até hoje na equipe, viveu alguns momentos bons no clube, contudo não agrada a torcida em 2017.

O mais recente da lista é Buffarini, que na temporada passada foi contratado a pedido do então treinador Edgardo Bauza por ser também polivalente. Entretanto, o jogador da seleção argentina nunca caiu nas graças do torcedor.

Atualmente, a lateral-direita do São Paulo não tem dono. Bruno e Buffarini revezam na posição, que muitas vezes é ocupada pelo jovem volante Araruna ou por Thiago Mendes, ambos improvisados.

Vale lembrar ainda alguns atletas da base do clube que tampouco vingaram. Em 2012, Lucas Farias sibiu ao time principal e, em dois anos, fez apenas nove jogos - hoje está na equipe sub-23 do São Paulo.

O jovem Auro subiu das categorias de base como uma das maiores promessas do CT de Cotia, tendo seu nome especulado até no Barcelona. Chegou a ter chances na equipe treinada por Muricy Ramalho, mas hoje está emprestado ao América-MG.

Na partida da noite desta segunda-feira, contra o Avaí, Buffarini deve ser o titular.



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